De acordo com o estudo The EIT Food Trust Report, os agricultores lideram a confiança dos consumidores no grupo do setor da alimentação.
Este nível de confiança no setor cresceu ao longo de 2020, ainda que a maioria dos inquiridos tivesse referido que não considera que o setor trabalhe para o interesse público. Estas revelações foram feitas pela EIT Food, a iniciativa de inovação alimentar europeia.
De acordo com os indicadores, o grupo dos agricultores conseguiu um grau de confiança de 67%, contra 13% do grau de não confiança. Logo a seguir, os retalhistas ocupam o 2º lugar, com 53% de confiança (um aumento de 7% desde 2018). Menos de metade dos inquiridos assegura a sua confiança nas agências governamentais (47%) ou nos fabricantes alimentares (46%). 29% e 26%, respetivamente, afirmam mesmo não confiar nesses grupos.
Relativamente à confiança nos produtos alimentares, há um aumento de 8% na perceção da segurança alimentar, face a 2018, atingindo valores de 55% em 2020. Quando considerado o mercado do Reino Unido, este valor sobe para 74%.
Um outro indicador importante referido no estudo foi o apuramento na procura pelos consumidores europeus de alimentos considerados saudáveis, com respostas a rondar os 63%, atingindo um valor mais elevado na Alemanha (75%). Curiosamente, os portugueses foram os que mais afirmaram que a procura de uma dieta baixa em gorduras é o fator determinante no ato da compra (70% contra a média de 57%). No total, os inquiridos referiram ainda que seguem sempre uma dieta saudável e equilibrada (56%) e que já trocaram alimentos por escolhas mais saudáveis por razões de saúde (47%).
O objetivo deste estudo foi determinar a confiança no sistema alimentar e nos produtos alimentares, tendo sido conduzido por um consórcio pan-europeu de parceiros académicos, como a universidade de Reading e o Conselho Europeu de Informação Alimentar (EUFIC, sigla em inglês). O estudo foi feito com base em 19.800 respostas de consumidores de 18 países europeus, Portugal incluído.